Quem foi Heitor Dourado

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Um médico paraense, (1938-2010) oficial do Exército, como seu pai, que se dedicou de corpo e alma a enfrentar bravamente o grave desafio das Doenças Tropicais na Amazônia, uma opção de vida e qualificação médica que se manifestou desde cedo, quando fez, no início dos anos 60,  o curso de Erradicação da Malária, na Faculdade de Higiene e Saúde Pública da Universidade de São Paulo (USP) e de Medicina Tropical, na Universidade Federal da Bahia, patrocinado pela Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES) . A convite do governador Arthur Cezar Ferreira Reis, tio do lendário Cosme Ferreira Filho, nomeado pelo Governo Militar,  transferiu-se para o Estado do Amazonas, para coordenar a Campanha de Erradicação da Malária, do Ministério da Saúde, no período 1965 a 1970. Professor Titular da Disciplina de Doenças Infecciosas e Parasitárias, da Faculdade de Ciências de Saúde, da Fundação Universidade do Amazonas, e co-responsável na implantação da Fundação do Instituto de Medicina Tropical do Amazonas, referência nacional de pesquisa e tratamento de Doenças Tropicais. Membro das principais sociedades brasileiras e estrangeira relacionadas à Medicina Tropical e à Infectologia, seu portfólio inclui 150 trabalhos científicos publicados.  

Heitor Dourado dedicou sua vida a minimizar as dores de seus semelhantes, acolhendo o drama dos mais humildes, estudando os desafios aí escondidos e emprestando sua experiência e conhecimento para tornar melhor, mais humana e mais digna a realidade de um estado que adotou como seu. O encontro com a família Baraúna Pinheiro se deu por ocasião da fundação da Escola de Pais no Amazonas, na Casa da Criança, e se consolidou espiritualmente nos Congressos que participavam com outros casais em diversos estados brasileiros. “Eu vim para que todos tenham vida e a tenham em abundancia”, dizem os Evangelhos a respeito da missão de Jesus. E este era o recado e o cenário do encontro no Sítio Tio Dourado que, de tanta simplicidade e obstinação fraterna é – naturalmente – um espaço que ficou cravado na lembrança alegre de todos que ali passaram e socializaram a alegria dos filhos do Senhor, descritos pela espontaneidade e necessidade de espalhar o Bem, vivenciar a Caridade em seu sentido de manifestação compartilhada do sentimento amoroso, esse chamado incessante, insistente e resistente em favor da vida.