José Ribamar Bentes Siqueira

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Desde os tempos de Colégio Dom Bosco, a relação de Petrônio Augusto Pinheiro e José Ribamar Bentes Siqueira se revelou profícua e permanente. Petrônio nascera 13 meses antes do amigo, mas suas experiências, valores, percepções e objetivos eram gêmeos ou complementares em diversos setores e momentos de suas respectivas trajetórias. Chegaram juntos à rotina da Associação Comercial, que Siqueira costumava chamar de Ministério do Desenvolvimento e de lá à Companhia Nacional de Borracha, onde cursaram, entre as pelas de borracha, beneficiadas para exportação através de lâminas crepadas, conforme o padrão estabelecido pelos clientes internacionais, um doutorado informal de Amazônia, de como perseguir um novo paradigma de desenvolvimento, a partir da agregação de valor dos produtos da floresta, pela inovação tecnológica e pesquisa científica. Cosme era um visionário e influenciou fortemente toda sua geração, particularmente os dois pupilos.

Petrônio passou a ser conhecido e lembrado por sua obsessão amazônica, compromisso com sua gente, e defensor de um novo modelo de desenvolvimento, em parte, por conseqüência dessa pós-graduação informal. O colega Siqueira, graças ao conhecimento com empresários americanos, no pós-guerra, tece a oportunidade de freqüentar a Universidade da Califórnia, depois um curso de pós-graduação em Michigan, nos Estados Unidos, em Ciências Humanas, o que lhe permitiu estudar os tipos humanos e compreender melhor o fator humano e o tecido social onde estava inserido. Isso lhe custou um convite de Cosme Ferreira, que era primo de sua avó paterna, para assessorar grupos de Estudos na Academia Amazonense de Letras, onde o empresário tinha assento. Mais tarde, por toda essa bagagem de informação, a presidência da República, nos anos 1984, convidou Siqueira e Petrônio para assessorarem os estudos que dariam base a uma política florestal e ambiental para a Amazônia. Eles ficaram 30 dias na condição de consultores convidados para imprimir e assegurar o ponto de vista dos “nativos” na formulação de programas e projetos para a região amazônica. É importante lembrar que Siqueira foi contratado pelo Conselho de Segurança Nacional, por três anos, para assessorar planos macros de ocupação/integração da Amazônia ao contexto geopolítico nacional.